Dr. André Donato Baptista - Ortopedista especializado em Cirurgia do Pé e Tornozelo e Trauma do Esporte

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domingo, 19 de setembro de 2010

Fratura de Estresse

O que é fratura de estresse?

É a fratura que surge como conseqüência de sobrecarga repetitiva que excede a capacidade de regeneração óssea. Na verdade, os ossos estão em constante processo de formação e reabsorção. Nas situações de sobrecarga excessiva, a reabsorção supera a formação óssea e a estrutura do osso acaba falhando. Surge assim a fratura de estresse.
Podem acometer qualquer osso do corpo embora sejam mais freqüentes nos ossos do membro inferior (fêmur, tíbia, metatarsos, calcâneo, fíbula, etc.).

Quais os sintomas da fratura de estresse?

O principal sintoma da fratura de estresse em seus estágios iniciais é a dor, que geralmente tem início de forma leve, que surge durante o esforço físico, e tem piora progressiva, podendo chegar a impedir os movimentos e o caminhar. Em alguns casos, o edema (inchaço) pode estar presente na região da fratura. Inicialmente a lesão ocorre ao nível da microestrutura do osso e, se não tratada corretamente e em tempo adequado, pode progredir para uma lesão completa da estrutura óssea e configurar uma “fratura verdadeira”, como aquelas que ocorrem nos traumas.

Diagnóstico de fratura de estresse

Nas fases iniciais, as fratura de estresse podem ser confundidas com outros diagnósticos (tendinites, lesões musculares). O ortopedista deve estar atento a esta possibilidade diagnóstica, principalmente em atletas (amadores ou profissionais) e pacientes que tenham iniciado atividades físicas recentemente ou realizado grandes esforços que não sejam habituais (grandes caminhadas, longas viagens, etc.).
A fratura de estresse não é vista nas radiografias simples, a não ser que estejam num estado bem avançado. Os exames de escolha na fase inicial são a Cintilografia Óssea e a Ressonância Magnética.

 Fratura de Estresse no Calcâneo (calcanhar).


Tratamento Fratura de Estresse

Por serem causadas por sobrecarga mecânica excessiva imposta à estrutura óssea, as fraturas de estresse são quase sempre tratadas de forma não cirúrgica. As imobilizações acabam por ser pouco utilizadas mas, em algumas situações, muletas podem ser indicadas para diminuir a carga no membro afetado. O princípio do tratamento é diminuir a sobrecarga e permitir a reparação da microestrutura óssea. Alguns casos específicos como certas fraturas na tíbia, quinto metatarso e colo do fêmur, podem exigir o tratamento cirúrgico. Felizmente, estes casos são exceção.


 Fratura de Estresse no pé tratada cirurgicamente.

Para maiores informações, consulte um ortopedista de sua confiança.

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