O joelho do Idoso (Artrose)

O joelho do idoso

Com o aumento da expectativa de vida de nossa população, doenças prevalentes nas faixas etárias mais avançadas têm sido mais frequentes em nosso meio. Isso também é verdade para as doenças ortopédicas.
É cada vez mais comum na prática médica, atendermos pacientes com 70, 80, 90 anos de idade, ainda ativos e buscando melhorar ou manter a qualidade de vida. Para nós ortopedistas em particular, as queixas relativas à coluna vertebral e aos joelhos são as mais frequentes entre os idosos.

A doença ortopédica dos joelhos mais prevalente entre estes pacientes é a Artrose (Osteoartrose é o nome correto). Consiste no desgaste da cartilagem que reveste o joelho internamente, o que acarreta em diminuição da amplitude de movimentos, rigidez articular e principalmente, dor.
Há aproximadamente 05 anos, já existem disponíveis no mercado brasileiro, medicamentos que podem ser utilizados por via oral ou aplicados diretamente dentro do joelho com bastante segurança e pouca dor, que proporcionam um alívio importante e duradouro da dor. Estes medicamentos nada mais são do que substitutos sintéticos do lubrificante articular que deixa de ser produzido pela cartilagem doente na Osteoartrose.
Muitos idosos que buscam alternativas para o tratamento cirúrgico da artrose (as Artroplastias ou cirurgia de prótese), têm encontrado nestas medicações, uma solução menos agressiva e com menor risco no tratamento da doença.

Para maiores informações, consulte um ortopedista de sua confiança.

Dor no Ombro

São muitas as causa de dor acometendo a região do ombro. Tratar do assunto de maneira breve não é fácil! Assim, tentarei ressaltar as causas mais frequentes:

- Tendinites
- Bursites
- Lesões dos tendões (lesões do Manguito Rotador)
- Artrite Acrômio-Clavicular

Acredito que as tendinites do ombro respondem por grande parte das queixas no consultório do ortopedista. Com o uso cada vez mais frequente do computador em nossas atividades diárias, principalmente no dia-a-dia daqueles que trabalham em frente ao computador, digitando por horas a fio, as dores que acometem os membros superiores (mãos, punho, ombros) são cada vez mais incidentes.

A boa notícia é que na maioria dos casos a cura completa é possível, desde que o paciente respeite com disciplina, um programa de tratamento que envolve uso de medicação, fisioterapia e exercícios.
O mesmo vale para o tratamento das famosas "bursites do ombro". Vale ressaltar que bursite isolada do ombro é um diagnóstico raro! Na maioria das vezes o fator que desencadeou a bursite foi a tendinite.
Entretanto, em algumas situações, a dor é ocasionada por lesões na estrutura dos tendões que movimentam o ombro, chamado de tendões do Manguito Rotador. Estes tendões podem sofrer processos inflamatórios crônicos que levam à degeneração de sua estrutura celular e muitas vezes provocam ruptura espontâneas, parciais ou completas, do corpo do tendão.
Na maioria das vezes estes casos também são tratados com fisioterapia e medicação, apresentando bons resultados mesmo nos pacientes com ruptura do manguito.

Quando o tratamento fisioterápico for bem conduzido por até 6 meses e não obtém sucesso, a cirurgia para o reparo dos tendões estará indicada.
Para maiores informações, consulte um ortopedista de sua confiança.

Pé Chato (Pé Plano)

Preocupação de muitos ortopedistas no passado e de muitos pacientes ainda hoje, o pé plano já não é mais considerado uma doença ortopédica.
É muito comum no consultório do ortopedista especialista em pé e tornozelo, queixas relativas ao pé chato (o nome correto é pé plano), principalmente vinda de pais preocupados com os filhos pequenos que ainda não apresentam a chamada "curva dos pés" ou arco plantar.

 Pé Plano

A preocupação vem de uma cultura, criada pelos próprios ortopedistas durante muitos anos, de que os pés planos necessitem de tratamento precoce por meio do uso de palmilhas e botas ortopédicas ou calçados especiais.
Muitos destes pais, zelosos por seus filhos pequenos, utilizaram durante a infância, as desconfortáveis e pouco estéticas "botas ortopédicas". A maioria, por experiência própria, descobriu que após anos de uso de tais botas, os pés continuaram "chatos". O que sabemos hoje em dia, após realização de estudos clínicos controlados, é que os pés planos são uma variante dos tipos normais de pés, estão determinados geneticamente e não são modificados por palmilhas ou botas. Sendo assim, não exigem tratamento durante a infância ou idade adulta, desde que não manifestem sintomas. Logo, o papel do ortopedista é desmistificar o tratamento e poupar os pacientes do uso desnecessário de botas ou palmilhas o que evitará gastos desnecessários com artifícios que nenhum benefício trarão aos pés durante ou após completo o seu desenvolvimento.
Entretanto, existem situações onde o pé plano passa a ser doloroso, rígido ou a deformidade evolui, causando dificuldade para caminhar e realizar atividades físicas. Nessas situações, um ortopedista especialista em pé deve ser consultado e o tratamento adequado será introduzido.