Dr. André Donato Baptista - Ortopedista especializado em Cirurgia do Pé e Tornozelo e Trauma do Esporte

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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Pé Chato (Pé Plano)

Preocupação de muitos ortopedistas no passado e de muitos pacientes ainda hoje, o pé plano já não é mais considerado uma doença ortopédica.
É muito comum no consultório do ortopedista especialista em pé e tornozelo, queixas relativas ao pé chato (o nome correto é pé plano), principalmente vinda de pais preocupados com os filhos pequenos que ainda não apresentam a chamada "curva dos pés" ou arco plantar.

 Pé Plano

A preocupação vem de uma cultura, criada pelos próprios ortopedistas durante muitos anos, de que os pés planos necessitem de tratamento precoce por meio do uso de palmilhas e botas ortopédicas ou calçados especiais.
Muitos destes pais, zelosos por seus filhos pequenos, utilizaram durante a infância, as desconfortáveis e pouco estéticas "botas ortopédicas". A maioria, por experiência própria, descobriu que após anos de uso de tais botas, os pés continuaram "chatos". O que sabemos hoje em dia, após realização de estudos clínicos controlados, é que os pés planos são uma variante dos tipos normais de pés, estão determinados geneticamente e não são modificados por palmilhas ou botas. Sendo assim, não exigem tratamento durante a infância ou idade adulta, desde que não manifestem sintomas. Logo, o papel do ortopedista é desmistificar o tratamento e poupar os pacientes do uso desnecessário de botas ou palmilhas o que evitará gastos desnecessários com artifícios que nenhum benefício trarão aos pés durante ou após completo o seu desenvolvimento.
Entretanto, existem situações onde o pé plano passa a ser doloroso, rígido ou a deformidade evolui, causando dificuldade para caminhar e realizar atividades físicas. Nessas situações, um ortopedista especialista em pé deve ser consultado e o tratamento adequado será introduzido.

domingo, 26 de setembro de 2010

Tríade da Mulher Atleta

Mulheres que praticam exercícios físicos vigorosos em excesso, sejam estas atletas profissionais ou amadoras, correm o risco de desenvolver a Tríade da Mulher Atleta, caracterizada por Osteoporose, distúrbios de alimentares (Anorexia e/ou Bulimia) e amenorréia (ausência de menstruações nas mulheres em idade reprodutiva). 
Isso ocorre devido à diminuição da taxa de gordura corporal, que nas mulheres deve estar entre 10 e 15%. Com a gordura baixa as mulheres deixam de metabolizar e produzir hormônios essenciais para a manutenção da massa óssea, levando à osteoporose.



Nestes casos, as fraturas por estresse passam a ser mais frequentes e a queda na performance esportiva é quase que inevitável.
O tratamento da Tríade da Mulher Atleta consiste no ajuste da carga de treinamentos (muitas vezes a atleta precisa ser afastada dos treinos) e adequação da alimentação.O tratamento requer uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, nutricionistas, psicólogos e psiquiatras. Por isso, é importante que treinadores, personal trainers e professores de educação física que atuem junto às atletas do sexo feminino, observem e suspeitem de possíveis sintomas da síndrome.



sábado, 25 de setembro de 2010

Lombalgia

Lombalgia (Dor Lombar) e Hérnia de Disco

O que é Lombalgia?

É a dor nas costas localizada em sua porção inferior, próximo à bacia, chamada de região lombar. A dor pode ser restrita à região lombar ou vir acompanhada de dor irradiada para os membros inferiores, podendo atingir até mesmo os pés, quando então passa a ser chamada de Lombociatalgia. É uma das principais queixas nos serviços de urgência e consultórios ortopédicos.

Quais as causas da Lombalgia?

O tipo mais conhecido de lombalgia é a de origem mecânica, caracterizada por alteração no funcionamento da coluna lombar, causado por vícios posturais (má postura) e pelo encurtamento dos músculos posteriores ( músculos paravertebrais lombares, músculos porteriores da coxa e panturrilha).
A lombalgia também é, em muitos casos, consequência de processos de degeneração dos discos intervertebrais (estruturas fibrocartilaginosas que funcionam como verdadeiros amortecedores da coluna). A degeneração dos discos os torna mais rígidos e suscetíveis a deformidades (Protrusões Discais) e rupturas (Hérnias de Disco).
Outras causa menos frequentes de dor lombar são: fraturas (por trauma ou Osteoporose), desvios estruturais ou posturais da coluna (escolioses, lordoses, etc..), tumores, etc.

O que é Hérnia de Disco?

Hérnia de disco é a projeção da parte central do disco intervertebral (o núcleo pulposo) para além de seus limites 
normais. 

                                                 

Quais são os sintomas da Hérnia de Disco?

Os sintomas de hérnia de disco podem variar conforme sua localização e presença ou não de compressão neurológica, o que determinará se o indivíduo sentirá dor, perda de sensibilidade e/ou fraqueza muscular. Podem surgir subitamente e desaparecer espontaneamente, retornando de tempos em tempos ou podem ser constantes e de longa duração.
A hérnia discal lombar pode causar:
§ Dormência e formigamento nas pernas, pés e dedos;
§ Dor na região lombar;
§ Dor ao longo do trajeto que vai da coluna vertebral à nádega, coxa, perna e calcanhar (dor 
ciática) devido à compressão do nervo ciático;
§ Fraqueza nas pernas e pés
§ Pode afetar os nervos que controlam a função intestinal e bexiga, comprometendo a defecação ou a micção.

A hérnia de disco cervical pode causar:
§ Dor na região dorsal;
§ Formigamento no braço e nas mãos;
§ Dor no pescoço que pode se irradiar por membro superior até os dedos da mão;
§ Fraqueza muscular e alterações de sensibilidade do membro superior; 

A dor de uma hérnia discal geralmente é agravada com os movimentos e pode acentuar-se pela tosse ou pelo esforço para evacuar.

Como se faz o diagnóstico da Hérnia de Disco?

O melhor exame é a Ressonância Magnética:

                                          

Qual o tratamento para Hérnia de Disco?

Assim como em todos os casos de lombalgia, as crises de hérnia de disco devem ser tratadas inicialmente por meio de repouso, medicação analgésica, antiinflamatórios, fisioterapia. Podem também ser utilizados, meio auxiliares como a Acupuntura. As crises costumam ceder em um período que pode variar de um a seis meses.
O tratamento cirúrgico está indicado nos casos onde há compressão neurológica causando perda de sensibilidade e/ou função motora da região acometida.

Para maiores esclarecimentos, consulte um ortopedista de sua confiança.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Tendinite Patelar

O que é Tendinite Patelar?

É a inflamação que acomete o tendão patelar, também chamado de ligamento patelar. O tendão patelar é a estrutura anatômica que une a patela (rótula) ao osso da perna (tíbia).

Quais os sintomas da Tendinite Patelar?

O sintoma mais frequente é a dor na parte da frente do joelho, sobre o tendào inflamado. A dor é mais frequente ao subir e descer escadas ou terrenos inclinados, ao ajoelharmos sobre o joelho acometido e também durante atividades físicas, principalente aquelas que envolvam saltos. É muito comum em atletas saltadores, especialmente entre os praticantes de voleibol.

Tratamento da Tendinite Patelar

O tratamento inicial evolve a diminuição das atividades de impacto, como s saltos, utilização de anti-inflamatórios e fisioterapia. O tratamento pode levar semanas até que se adquira uma condição de retorno às atividade esportivas. Atualmente, nos casos em que ocorre a falha do tratamento fisioterápico bem conduzido, uma nova opção tem se mostrado promissora, a injeção de PRP.

A cirurgia é reservada para os casos onde todos os outros meios falharam ou quando ocorre ruptura do tendão patelar.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Artroscopia do Tornozelo

Artroscopia do Tornozelo

O que é artroscopia?

A artroscopia é a técnica cirúrgica que permite o diagnóstico e o tratamento de lesões dentro das articulações por meio de mini aberturas na pele (portais artroscópicos), através das quais são introduzidas uma câmera de vídeo e instrumentais cirúrgicos.

Quais as vantagens da artroscopia?

A cirurgia artroscópica tem como maior vantagem, a menor agressão que causa aos tecidos que envolvem a região operada, proporcionando ao paciente um pós-operatório menos doloroso, com cicatrizes bem menores mais estéticas e muitas vezes, uma recuperação mais rápida.

A artroscopia do tornozelo

A artroscopia se tornou popular nos tratamentos das lesões do joelho (meniscos e ligamentos). Mas, como em todas as outras áreas da ortopedia, teve suas indicações expandidas para as demais articulações do corpo. Hoje, embora menos conhecidas do que a artroscopia do joelho e do ombro, são realizadas também artroscopias do tornozelo, do punho, do cotovelo e até mesmo do hálux (dedão do pé).
Por exigir treinamento em Cirurgia do Pé e Tornozelo em centros de ortopedia que possuam um artroscópio (aparelho para a realização da artroscopia), não são todos os ortopedistas e nem mesmo todos os especialistas em pé e tornozelo que são treinados ou habilitados para realizar artroscopias no pé ou tornozelo.


                                

Quais as indicações da artroscopia do tornozelo?

As principais indicações da artroscopia do tornozelo são: tratamento da lesão osteocondral do tálus, tratamento da síndrome do impacto anterior, remoção de corpos livres articulares, sinovectomias, etc.

Para maiores informações, consulte um especialista em pé e tornozelo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Neuroma de Morton

O Neuroma de Morton é o espessamento de um nervo que ocupa o espaço entre dois ossos do pé (metatarsos). Esse aumento de volume do nervo gera sintomas de dor, parestesia (formigamento), queimação e um grande incômodo durante o uso de calçados fechados.



Como surge o Neuroma de Morton?

O Neuroma de Morton surge em consequência de sobrecarga mecânica crônica sobre a região da frente dos pés, mais especificamente sob os metatarsos. Assim, é mais frequente nos pacientes do sexo feminino devido ao uso de calçados de salto alto. Outro grupo que costuma sofrer com os neuromas é o dos atletas de corrida.

Como é feito o diagnóstico do Neuroma de Morton?

O diagnóstico é feito por meio da Ressonância Magnética.



Qual o tratamento do Neuroma de Morton?

O tratamento inicial consiste de medidas para tentar reduzir a sobrecarga sob os metatarsos por meio da adaptação de calçados, uso de palmilhas, adequação do calçado esportivo. Medicação anti-inflamatória, infiltrações e tratamento fisioterápico também podem ser úteis.
Quando todas as opções descritas acima falharem, o tratamento cirúrgico estará indicado.

Cirurgia para Neuroma de Morton

Consiste na retirada do neuroma e correção de possíveis deformiddes associadas dos pés, quando estas possam ser fatores que contribuam para o surgimento do neuroma.

domingo, 19 de setembro de 2010

Fratura de Estresse

O que é fratura de estresse?

É a fratura que surge como conseqüência de sobrecarga repetitiva que excede a capacidade de regeneração óssea. Na verdade, os ossos estão em constante processo de formação e reabsorção. Nas situações de sobrecarga excessiva, a reabsorção supera a formação óssea e a estrutura do osso acaba falhando. Surge assim a fratura de estresse.
Podem acometer qualquer osso do corpo embora sejam mais freqüentes nos ossos do membro inferior (fêmur, tíbia, metatarsos, calcâneo, fíbula, etc.).

Quais os sintomas da fratura de estresse?

O principal sintoma da fratura de estresse em seus estágios iniciais é a dor, que geralmente tem início de forma leve, que surge durante o esforço físico, e tem piora progressiva, podendo chegar a impedir os movimentos e o caminhar. Em alguns casos, o edema (inchaço) pode estar presente na região da fratura. Inicialmente a lesão ocorre ao nível da microestrutura do osso e, se não tratada corretamente e em tempo adequado, pode progredir para uma lesão completa da estrutura óssea e configurar uma “fratura verdadeira”, como aquelas que ocorrem nos traumas.

Diagnóstico de fratura de estresse

Nas fases iniciais, as fratura de estresse podem ser confundidas com outros diagnósticos (tendinites, lesões musculares). O ortopedista deve estar atento a esta possibilidade diagnóstica, principalmente em atletas (amadores ou profissionais) e pacientes que tenham iniciado atividades físicas recentemente ou realizado grandes esforços que não sejam habituais (grandes caminhadas, longas viagens, etc.).
A fratura de estresse não é vista nas radiografias simples, a não ser que estejam num estado bem avançado. Os exames de escolha na fase inicial são a Cintilografia Óssea e a Ressonância Magnética.

 Fratura de Estresse no Calcâneo (calcanhar).


Tratamento Fratura de Estresse

Por serem causadas por sobrecarga mecânica excessiva imposta à estrutura óssea, as fraturas de estresse são quase sempre tratadas de forma não cirúrgica. As imobilizações acabam por ser pouco utilizadas mas, em algumas situações, muletas podem ser indicadas para diminuir a carga no membro afetado. O princípio do tratamento é diminuir a sobrecarga e permitir a reparação da microestrutura óssea. Alguns casos específicos como certas fraturas na tíbia, quinto metatarso e colo do fêmur, podem exigir o tratamento cirúrgico. Felizmente, estes casos são exceção.


 Fratura de Estresse no pé tratada cirurgicamente.

Para maiores informações, consulte um ortopedista de sua confiança.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Entorse do Joelho


O joelho, devido a características peculiares de sua anatomia, é uma articulação bastante suscetível a lesões traumáticas durante a atividade esportiva, especialmente o futebol, esporte mais praticado em nosso meio. Abordaremos aqui as torções, ou entorses, do joelho.



Quais as consequências do Entorse do Joelho?


Os entorses podem ser classificados em leve, moderado e grave, conforme a intensidade do trauma e as estruturas lesionadas. Como consequência de uma torção no joelho, o paciente pode sofrer lesões ligamentares, periféricas (ligamentos colaterais) ou centrais (ligamentos cruzados), lesões de menisco e até mesmo fraturas.

Tratamento do Entorse do Joelho


Na fase inicial após o entorse, é comum o surgimento de edema (inchaço) que por vezes pode vir acompanhado de derrame articular (aumento de líquido dentro do joelho) e hematoma. Em algumas situações, o paciente não consegue movimentar o joelho machucado ou sequer apoiar o membro acometido, dificultando muito o caminhar, que só se faz possível com a ajuda de muletas.
No momento do trauma, o indicado é a aplicação imediata de uma bolsa de gelo por um período de 20 minutos e repetir a aplicação a cada 2 horas. Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser usados para aliviar a dor. Na maior parte dos casos, não há necessidade de imobilização rígida (talas gessadas, por exemplo), bastando o repouso, a medicação e aplicação de gelo para melhorar os sintomas iniciais.
Recomenda-se então a avaliação de um Ortopedista e a realização de exames complementares se necessário.

Ruptura dos Ligamentos Colaterais


Os ligamentos colaterais do joelho, são estruturas externas à articulação, que funcionam como estabilizadores às cargas aplicadas lateralmente ao joelho. Em geral, a lesão isolada dos colaterais é de bom prognóstico, não necessitando de tratamento cirúrgico. Imobilizações parciais por meio de joelheiras articuladas, também chamadas de “braces”, associadas à fisioterapia bem conduzida, costumam ter sucesso e permitir o retorno às atividades físicas num prazo médio de 4 a 6 semanas após a lesão.

Ruptura dos Ligamentos Cruzados


Importantes estabilizadores internos do joelho, os ligamentos cruzados (anterior e posterior) impedem que o joelho “falhe” quando submetido a cargas torcionais. O lesão mais comum nos entorses graves é a ruptura do cruzado anterior. Diferentemente dos ligamentos colaterais, os cruzados não cicatrizam após a ruptura e o tratamento cirúrgico é o mais indicado para os indivíduos ativos fisicamente. A cirurgia mais comum consiste no enxerto de tendões, retirados do próprio joelho do paciente e fixados na posição ocupada pelo ligamento rompido. Este enxerto, após período médio de 4 a 6 meses, transforma-se num novo ligamento. A recuperação total para esportes de impacto, como o futebol, leva de 6 a 8 meses.



Lesão dos Meniscos


Os meniscos são cartilagens em forma de C, que ocupam os compartimentos lateral (externo) e medial (interno) do joelho. Funcionam como estabilizadores secundários do joelho e também podem ser lesados durante um entorse. Devido a peculiaridades na irrigação sanguínea dos meniscos, estes podem sofrer lesões com diferentes potenciais de cicatrização.

Dependendo de qual região do corpo do menisco elas ocorrem, as lesões podem ser tratadas conservadoramente (medicação, fisioterapia, PRP, etc...) ou cirurgicamente, por meio da artroscopia.

PRP (Plasma Rico em Plaquetas)


O que é PRP?


A sigla PRP é a abreviação do nome Plasma Rico em Plaquetas. O plasma é a parte líquida do sangue que carrega consigo os glóbulos vermelhos (células que transportam oxigênio), os glóbulos brancos (células responsáveis pela defesa do organismo contra agentes invasores, como os vírus e as bactérias) e as plaquetas (pequenos fragmentos celulares que são muito importantes na coagulação sanguínea). As plaquetas, além de participarem ativamente no processo de coagulação, produzem algumas substâncias que são muito importantes na estimulação do processo de cicatrização de lesões em vários tecidos do corpo humano. Plasma Rico em Plaquetas é a substância obtida a partir do processamento do sangue em centrífugas de alta velocidade, capazes de separar as plaquetas dos glóbulos brancos e vermelhos. O resultado deste centrifugação é um plasma com altíssima concentração de plaquetas e substâncias capazes de estimular a reparação de lesões crônicas e acelerar a recuperação de tecidos lesados, como pele, músculo, ligamentos, tendões, etc.

Tratamento com PRP.


Há alguns anos, um grupo de cirurgiões dentistas passou a utilizar o PRP em tratamentos dentários com grande sucesso. Desde então, sua utilização vem sendo expandida para outras áreas das ciências biológicas. O PRP vem revolucionando o tratamento de lesões nos mais variados campos da medicina (dermatologia, cirurgia plástica, ortopedia, medicina esportiva,etc.). Atualmente já há vários estudos científicos sérios que demostram benefícios indiscutíveis no tratamento de lesõesortopédicas com o PRP.Na prática, o tratamento é bem simples. O concentrado de plasma e plaquetas, obtido após a centrifugação do sangue do próprio paciente, é aplicado diretamento sobre a lesão. A aplicaçao pode ser feita também no final de procedimentos cirúrgicos, no intuito de reduzir o período de recuperação pós operatório.

Qual a indicação do uso de PRP?


Na verdade, o PRP tem sido utilizado como opção terapêutica para algumas lesões de menisco, lesões da cartilagem articular, Osteoartrose, tendinites crônicas, epicondilites, entre outras. O objetivo é estimular a regeneração tecidual e evitar a realização de possíveis procedimentos cirúrgicos. Mas, também se mostra eficaz quando utilizado com o objetivo de reduzir o tempo de recuperação de atletas que sofreram lesões musculares, lesões de ligamentos e quando utilizado como terapia coadjuvante nas cirugias de recontruções ligamentares, reparos de tendões e lesões de cartilagem.

Quais as contra-indicações do PRP?


Até o momento, não há nenhuma contra-indicação ou efeitos colaterais relatados devido ao uso do Plasma Rico em Plaquetas, pois este é obtido a partir do sangue colhido do próprio paciente, que é injetado no local da lesão após o preparo na centrífuga.

O advento do PRP, devido à sua fácil obtenção e preparo e ao seu excelente perfil de segurança, abre novas portas no tratamento das lesões esportivas e ortopédicas. Ainda pouco difundida no Brasil, esta terapia de resultados promissores já está disponível nos grandes centros com São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, fazendo parte das opções de tratamento oferecidas aos pacientes pelos melhores ortopedistas e médicos do esporte.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Artrose

O que é Osteoartrose?


A Osteoartrose, também conhecida como artrose ou osteoartrite, é a doença que acomete a cartilagem articular (tecido que reveste as superfícies ósseas que compõem uma articulação). Na prática, caracteriza-se pelo desgaste da cartilagem, que é irreversível.



Quais os sintomas da Osteoartrose?


Com o desgaste estabelecido, ocorre alteração na produção de líquido sinovial (lubrificante das articulações), rigidez progressiva da articulação envolvida e processo inflamatório e dor. A dor é de intensidade variável conforme a gravidade da doença, piorando aos esforços físicos e melhorando parcial ou totalmente com o repouso. Pode haver também inchaço e dificuldade de movimentação articular, mais frequente pela manhã e nos dias frios. Quadros de deformidade progressiva da região envolvida podem instalar-se ao longo dos anos, sendo mais aparentes quando a doença se instala nas mãos e nos joelhos.


 

 

 

 



Qual o tratamento da Osteoartrose?


Como já dito anteriormente, a Osteoartrose não tem cura, uma vez que a cartilagem articular tem baixo poder de regeneração celular. Entretanto, é possível controlar os sintomas e melhorar o quadro clínico, mesmo nos casos de longa evolução.
- A fisioterapia tem grande importância para a melhora da dor, manutenção e recuperação do movimento da articulação doente.
- Embora pouco aceita em nosso meio, a bengala é uma opção interessante para reduzir a sobrecarga no membro afetado.
- Na área dos medicamentos, há a possibilidade do uso de condroprotetores (remédios que protegem a cartilagem) por via oral, anti-inflamatórios, viscosuplementação (reposição do lubrificante articular por meio de injeções sintéticas) e aplicações de plasma rico em plaquetas (PRP).
- Nos casos onde a destruição articular é muito avançada, a dor é incapacitante e outros meios falharam na tentativa de melhorar a condição do paciente, a cirurgia de Artroplastia está indicada. O procedimento consiste na substituição das superfícies doentes da articulação por uma prótese composta de metal e polietileno.



Para maiores informações, consulte o ortopedista de sua confiança.

Como Escolher seu Calçado

Aqui vão algumas dicas e curiosidades sobre calçados que podem ajudar a evitar sério problemas com os pés.

Estima-se que o homem começou a usar calçados entre 26 mil e 40 mil anos atrás. Esta foi a época em que os dedos dos pés, com exceção do dedão, começaram a ficar mais finos e fracos, uma mudança que justificou a invenção de sapatos mais resistentes. Acredita-se que nossos ancestrais tenham começado a envolver os pés com algum tipo de proteção muito tempo antes disso, cerca de 500 mil anos atrás. Neste período, o objetivo principal era a proteção dos pés contra os fatores agressores do solo (calor, frio, terrenos acidentados).
O uso de calçados que lembram os que são hoje utilizados é um hábito muito mais recente. Com a evolução das sociedades, a produção de calçados se sofisticou e estes assumiram diferentes aspectos e importância entra as mais diversas culturas pelo mundo. Hoje, escolhemos o tipo de calçado segundo tendências da moda, ocasião social, exigências profissionais, etc... Acabamos por esquecer do princípio fundamental no momento da escolha: o conforto.
Problemas como calos, "joanetes" e deformidades nos dedos podem ser ocasionados ou agravados pelo uso de calçados inadequados (saiba que 9 entre cada 10 casos de"joanete" afetam as mulheres !!!).
Pensando nisso, a Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé organizou uma lista de dicas que podem ajudar muito na hora de escolher o calçado:
1. As mulheres não devem usar saltos maiores que 6 cm.
2. Experimente o calçado sempre ao final do dia, quando os pés estão mais inchados.
3. Calce sempre os dois pés do calçado pois a maioria das pessoas tem um pé maior do que o outro.
4. Deve haver um espaço correspondente à largura do seu polegar entre a ponta do sapato e o dedo do pé mais longo.
5. Caminhe um pouco com o novo calçado e certifique-se de que consegue movimentar todos os dedos livremente.
6. Compre o calçado considerando o tamanho que melhor se ajusta ao seus pés e não pela medida que você acredita que calça pois os pés aumentam de volume à medida que envelhecemos.
7. E por último, se você sentir os pés apertados, não compre o sapato pois o tal "período de laceamento" que os fará mais confortáveis é papo de vendedor!

Perceba que é impossível este pé caber confortavelmente neste sapato!!!

Você acha que seus pés foram feitos para andar nesta posição?

Você é saudável para praticar atividade física?

Para a maioria das pessoas, atividades físicas de intensidade moderada não oferecem riscos à saúde e não há necessidade de uma avaliação médica antes de iniciá-las. Porém, para alguns indivíduos, a avaliação médica é indispensável.
O Colégio Americano de Medicina Esportiva elaborou um breve questionário que orienta o público leigo quanto à necessidade de uma avaliação médica antes de iniciar a prática regular de atividades físicas:
  1. Algum médico já lhe disse que você tem problemas cardíacos ou que só deve praticar exercícios recomendados por um médico?
  2. Você sente alguma dor ou desconforto no peito quando pratica atividades físicas?
  3. Nos últimos 30 dias você sentiu alguma dor ou desconforto no peito sem praticar atividades físicas?
  4. Você costuma sentir tonturas, perda de equilíbrio ou já perdeu a consciência em alguma ocasião?
  5. Você tem problemas ósseos ou articulares (por exemplo, coluna, quadril ou joelho) que poderiam ser agravados pela mudança de suas atividades físicas?
  6. Você faz uso regular de medicamentos para pressão arterial ou doenças cardíacas?
  7. Você tem conhecimento de qualquer outra condição de saúde que o(a) impeça de praticar atividades físicas?
Se você respondeu SIM para alguma destas questões, deve procurar uma opinião médica sobre qual tipo de atividade física é mais seguro e apropriado para o seu caso, antes de iniciar um programa de exercícios!
(from “ACSM Fitness Book,” Third Edition. Page 61. Excerpted from the 2002 revised version of the Physical Activity Readiness Questionaire).

Torção do Tornozelo (Entorse do Tornozelo)

“Torci o tornozelo e agora o que eu faço?”


A torção, ou entorse do tornozelo, é uma das mais freqüentes lesões ortopédicas. Pode acontecer durante a prática de esportes ou atividades corriqueiras como caminhar ou descer uma escada. O fato é que muitas pessoas já viveram esta experiência,sofrendo torções que podem ser leves e sem maiores repercussões ou lesões graves que necessitem de tratamento médico.

O que fazer então quando torcemos o tornozelo ou o pé?


Imediatamente apos a torção deve-se aplicar gelo sobre o local doloroso (pode ser num saco plástico, envolvido em uma toalha ou num recipiente com água e gelo) por período de 20 minutos e manter o tornozelo e pé elevados. Nas lesões onde a dor é intensa, o inchaço local é imediato e o “pisar”no chão passa a ser impossível, a avaliação de um ortopedista se torna indispensável.
A maioria dos entorses serão tratados com imobilizações (que podem variar do gesso às órteses e tornozeleiras esportivas) por um período de 7 a 10 dias e a seguir, para que haja uma recuperação completa e sem seqüelas, o paciente é encaminhado para um programa de reabilitação fisioterápica.

É preciso realizar algum exame?


Nos entorses leves muitas vezes não. Entretanto, nos casos mais graves, as radiografias do pé e tornozelo são indispensáveis para que se possa afastar ou confirmar a hipótese de uma possível fratura. Após o período incial de imobilização,  o paciente deverá ser reavaliado e, caso haja suspeita de uma lesão ligamentar grave ou outras lesões associadas (rupturas de tendões, fraturas osteocondrais, etc), uma Ressonância Magnética deve ser solicitada.

Ruptura dos Ligamentos do Tornozelo


Vale ressaltar que, mesmo na presença de rupturas dos ligamentos do tornozelo (com exceção feita às rupturas graves dos ligamentos da sindesmose tíbio-fibular distal), a tentativa de tratamento não cirúrgico, por meio de reabilitação fisioterápica, é o que recomenda a maioria dos estudos clínicos realizados até o momento. Na falha do tratamento conservador (não cirúrgico) ou na presença de outras lesões graves associadas, o tratamento cirúrgico passa a ser indicado. O tratamento cirúrgico também está indicado nos casos em que haja instabilidade crônica , ou seja, àqueles que sofram torções com muita frequência (entorses de repetição), pois esta instabilidade pode causar sequelas irreversíveis a longo prazo.
Na dúvida, consulte um ortopedista especialista em Cirurgia do Pé e Tornozelo e solicite maiores orientações.

Lesão Osteocondral do Tálus

Lesão Osteocondral do Tálus

Para entender a doença em questão, é necessária uma breve explicação sobre a anatomia do tornozelo. A articulação do tornozelo é composta por 3 ossos: os dois ossos que compõem a perna (tíbia e fíbula) e um osso do pé, o tálus.



A superfície do tálus que faz contato com a tíbia é recoberta por um tecido chamado de cartilagem articular. Embora esta cartilagem seja composta de elementos que proporcionam grande resistência à carga e impacto, ela pode sofrer lesões, as lesões condrais ou osteocondrais.
As lesão osteocondral do tálus, também conhecida como fratura osteocondral do tálus, passou a ser mais facilmente diagnosticada após o surgimento da Ressonância Magnética. Assim, alguns quadros dor e inchaço no tornozelo que antes ficavam sem explicação, hoje acabam por ser diagnosticados como uma lesão osteocondral do tálus.
Deve-se suspeitar de uma possível lesão osteocondral do tálus quando, após o tratamento adequado de um entorse (torção) do tornozelo, o paciente persistir com dor e inchaço recorrente. Nesta situação, sugere-se que o Ortopedista solicite uma Ressonância Magnética para melhor avaliação diagnóstica.



O tratamento vai depender da extensão e estágio de evolução em que a lesão se encontra, podendo variar desde o uso de medicamentos, imobilização e fisioterapia, até o tratamento cirúrgico.
Muitas vezes, quando o tratamento cirúrgico se faz necessário, este pode ser feito por meio da artroscopia do tornozelo, uma cirurgia feita por meio de vídeo, que consiste em menor agressão, menor cicatriz e proporciona uma reabilitação mais rápida, com pouca ou nenhuma dor no pós-operatório.

Para maiores informações, consulte o Ortopedista de sua confiança.

Joanete (Hálux Valgo)

O que é o joanete?

O hálux valgo, doença popularmente conhecida como “joanete”, é a deformidade dos pés que acomete a articulação do hálux (dedão do pé) com o primeiro osso metatarsiano. O desvio lateral do dedão que ocorre durante a evolução do “joanete”, leva à formação de uma calosidade dolorosa na porção interna do pé que atrapalha ou impede o uso de calçados fechados, especialmente os de bico fino.
Não é incomum que, em muitos casos, o paciente procure orientação médica e tratamento  pela presença de dor em toda a parte da frente dos pés e deformidades associadas dos dedos menores.



O que causa o “joanete”?


Costumamos dizer que o hálux valgo é uma doença multifatorial, ou seja, não há um único fator responsável pelo problema e sim uma somatória deles. Sabemos que a incidência do “joanete” é muito maior nas mulheres (9 em cada 10 casos ocorrem e mulheres), fato provavelmente desencadeado pelo uso de calçados com salto alto e bico fino. Porém, sabemos também que alguns casos ocorrem em homens e que muitas mulheres fazem uso deste padrão de calçados por muitos anos e não desenvolvem joanetes. Assim, há também um importante fator genético envolvido, e não é incomum que várias pessoas de uma mesma família desenvolvam a doença durante suas vidas.
Em situações um pouco mais raras, o joanete pode ser conseqüência de doenças reumatológicas (Reumatismos) ou de traumas locais.

Tratamento do “Joanete”


O tratamento do hálux valgo consiste na adaptação dos calçados, procurando um padrão que se encaixe melhor à forma dos pés do paciente (vide neste site o artigo “Como Escolher o seu Calçado”).
Uma vez instaladas a deformidade e a calosidade, a tendência é que estas se agravem com o passar do tempo. Órteses e afastadores de silicone entre os dedos são de pouca ou nenhuma utilidade na contenção do joanete. Nos casos de deformidades importantes e realmente dolorosas, que limitam o dia-a-dia do paciente, o tratamento cirúrgico está indicado.
OBS: NUNCA SE DEVE OPERAR UM JOANETE POR ESTÉTICA!!!

Cirurgia de Joanete


A cirurgia de correção do hálux valgo, tão temida pelos pacientes no passado e ainda hoje, já não é mais tão assustadora. Fazem parte do passado os pós-operatórios extremamente dolorosos, imobilizações prolongadas e meses de sofrimento para reabilitação do pé operado. O ortopedista especialista em pé tem hoje à sua disposição, um grande número de materiais de síntese e instrumentais cirúrgicos que facilitam a cirurgia, diminuem a agressão ao pé durante o ato cirúrgico e proporcionam uma correção mais firme e duradoura, possibilitando ao paciente um pós-operatório bem menos doloroso e livre das incômodas imobilizações gessadas usadas no passado.
É permitido ao paciente caminhar com o auxilio de sandálias ortopédicas já a partir do dia seguinte à cirurgia. Nos casos mais simples, o paciente volta a caminhar livre de proteção especial no pé por volta de 4 semanas após a cirurgia. Nos casos mais graves este período pode chegar a 6 semanas.

Consulte um ortopedista especialista em pé e tornozelo.